Eu comprei este jogo no Humble Indie Bundle e fiquei vidrado, ele é lindo. Machinarium é uma aventura point-and-click completa, bonita e instigante. O review podia acabar por aqui e eu podia mandar vocês jogarem ele, mas este é o meu blog e escrever alguns parágrafos e postar uns screenshots (clique neles para ampliar). Vai ser mais divertido.
Jogos de exploração point-and-click não são meus favoritos, mas eu gosto bastante e já joguei vários quando era menor. Naquele tempo em que comprava-se revistas com “200 jogos para PC” lembra? Vários deles eram deste gênero e sei que diverti horrores com eles. O engraçado sobre esse estilo de jogo é que, como a jogabilidade é bem limitada e não varia de um jogo para o outro, é preciso cativar o jogador com os recursos que se tem: visual, som, puzzles e desenvolvimento da história. Machinarium consegue alcançar níveis bem altos nesses aspectos.
O visual do jogo é algo à parte. Os personagens são muito bem desenhados e tem um ar de desenho animado, cheios de expressões corporais e com balões de texto e pensamento. Isto aumenta muito o carisma deles e vale para todos os personagens do jogo, que são exclusivamente robôs, o que é bastante irônico visto que a idéia que se faz de robôs é a de seres frios e sem sentimentos.
O tom do jogo é dado pelos cenários que constrastam com os personagens, parecem tristes e desolados numa mistura de arquitetura antiga com máquinas e apetrechos estranhos por todo lado.A trilha sonora faz jus aos gráficos e completa perfeitamentamente o que estes começaram. Ela é bastante atmosférica, abusando dos sintetizadores, com a presença de instrumentos de sopro e percussões interessantes, realmente muito boa.
Embora clicar nos diversos elementos do cenário seja uma das coisas que você mais vai fazer, a seleção de puzzles é extremamente variada. Desde charadas lógicas, rearranjar alguns objetos, jogar minigames até um deles que é um jogo dentro de um fliperama. Caso você fique preso numa tela porque não sabe o que fazer você pode acessar uma dica e, se isso não for suficiente, um pequeno guia do que deve ser feito no momento. Este segundo exige que você jogue um minigame (um jogo de navezinha) o que torna a opção demorada e faz você querer buscar as soluções e não ficar pegando tudo de mão beijada.
A premissa da aventura, o motivo pelo qual você está movendo o pequeno robôzinho (que eu não sei se tem nome), é um leve mistério. Durante momentos da narrativa você vai ver pequenos flashbacks da vida dele que explicam um pouco e ao final você vai entender tudo, ou quase tudo. A vontade de ir descobrindo mais também é um fator instigante do jogo.
Então, se curtiu o review tente o demo no site oficial e fique atento para promoções como o Humble Indie Bundle e outras no própria site da Amanita Design, responsável pelo Machinarium, porque de repente você descola ele bem baratinho pra você também :)