Swap Esperto

Há algum tempo atrás, quando eu estava aprendendo a usar a linguagem Ruby me deparei com um exercício que consistia em receber dois arquivos de texto (digamos a.txt e b.txt) e fazer uma “troca” do conteúdo dos dois.

Ao fim do programa todos os conteúdos de a.txt deveriam estar em b.txt e vice-versa. O programa que eu escrevi, orgulhosamente, foi este:

#Swap the contents of two files
def swap_files this, that

  #Get file A
  fileA = File.new this,'r+'
  contentsA = fileA.readlines

  #Get file B
  fileB = File.new that, 'r+'

  contentsB =fileB.readlines

  
  #Rewind and put B in A
  fileA.rewind
  fileA.print contentsB
  fileA.close#Close it

  #Rewind and put A in B
  fileB.rewind
  fileB.print contentsA
  fileB.close#Close it
end

swap_files('A.txt','B.txt')

Comparando o meu com o feito por outras pessoas eu me deparo com esta versão:

File.rename('A.txt','A.txt.bkp')
File.rename('B.txt','A.txt')
File.rename('A.txt.bkp', 'B.txt')

O espertalhão só trocou o nome dos arquivos e obtevo o mesmo resultado! De quebra, acredito que seja ainda mais eficiente (não que isso me importasse muito) pois nem precisamos manipular os conteúdos diretamente.

Este texto faz parte da série Pequenos Programadores & Grandes Gambiarras.

Deixem feedback, dúvidas, sugestões e correções. Se tiverem uma gambiarra legal, dividam conosco nos comentários ou entrem em contato comigo pra ver se podemos ter umas idéias para posts novos.

Tão Pequenos

Cada dia da sua vida está cheio de novas possibilidades, inesperadas e excitantes. Igualmente como existem os dias que são perfeitos clones de ontém com a única exceção da data que foi incrementada, sempre incrementada.

O tempo e a vida não param, tudo continua rolando como um barril atirado do quinto andar de um prédio em construção por um gorila debochado. No caso de interrompermos a nossa escalada, nem que seja por muito pouco tempo, dificilmente notaremos alguma mudança no nosso ambiente. É como se nunca tivessemos existido em primeiro lugar.

É muito triste quando se percebe, que somos seres muito pequenos e insignificantes diante de uma enormidade espacial, populacional, informacional… escolha a imensidão que lhe agrada e enjoe sua depressão. Sim é tudo verdade, você é 1 sobre 7 bilhões, os humanos são só uma espécie dentro a infinitude de outras no planeta (e quiçá universo) e provavelmente cada pensamento que você está tendo agora tem uma porcentagem quase nula de originalidade.

Conhece o... ah esquece

O quadro é desesperador? Talvez. Esta é a realidade, ou pelo menos uma parte muito desagradável dela, e é preciso encará-la e entendê-la. Apatia nunca mudou as coisas e certamente não vai começar agora. Muito possivelmente é por isso que pessoas que tendem a “compreender” a “verdade” se sentem insignificantes.

Eu não concordo que as minhas contribuições bem como as de cada um para um mundo melhor (ideal, perfeito, todo azul, fodástico) sejam insignificantes. Elas todas são adicionadas numa soma ponderada. A força dos meus atos é tremendamente pequena perto do poder que um escroto tem de usar guerra, preconceito, religião e fraquezas piscológicas para arruinar a vida de terceiros em prol de crescimento próprio, entretanto não é nula.

Não se esqueça que uma outra imensidão é o número de termos na nossa “soma de contribuições” e a sua não parece mais tão ínfima se puder ser agrupada com diversas outras.

A entropia e o tempo parecem avançar inabaláveis sempre em (metafórica) frente, mas você tem o poder de olhar para trás. Pode criar, mesmo tendo a oportunidade de destruir.

O Universo, como já foi observado anteriormente, é um lugar desconcertantemente grande, fato este que pelo bem de uma vida tranqüila a maioria das pessoas tende a ignorar. Muitos se mudariam contentes para lugares consideravelmente menores em suas próprias redondezas, e é aliás o que de fato a maioria dos seres faz.

Por exótico que possa parecer este comportamento, não há uma única forma de vida na galáxia que não possa de algum modo ser acusada da mesma coisa, o que é a razão do Vórtice de Perspectiva Total ser tão horripilante.

Pois quando você é posto no Vórtice você tem um vislumbre momentâneo de toda a inimaginável infinidade da criação, e em algum lugar, um marcador minúsculo, um ponto microscópico sobre um ponto microscópico, dizendo “Você está aqui”.

Extrato do Guia do Mochileiro das Galáxias – O restaurante no Fim do Universo (leiam agora)

Este post é inspirado por um outro texto que foi escrito por um amigo meu. Não vou citar o nome só por diversão e ver se ele se toca.

Philosoraptor aproved

Uma Jornada Musical

Este post também pode ser lido no meu blog do Last.fm, onde existem links diretos para as diversas faixas citadas aqui.

Ah, a música. Sem ela a vida seria um erro e provavelmente deixar o cabelo crescer também. Imagino que, como eu, muitas pessoas tenham uma forte relação com esta “coisa” (me sinto obrigado a usar esta palavra para expressar como o conceito é abstrato e disperso) que se torna uma forte companheira e necessidade quase patológica.

Para mim a música, principalmente esse subconjunto super descolado chamado “roque”, foi (e é) um fator determinante de personalidade e identidade e me sinto inclinado a contar um pouco da história da minha vida em função das melodias que ocupavam meus ouvidos, crânio, boca, diafragma e mais diversas cavidades corpóreas (?) . Como referências para esta jornada musical citarei alguns albúns que me influenciaram pesadamente (em oposição a apenas faixas) por motivos de gosto pessoal. A saga começa agora.

Um vendedor de CDs

Sabotage

Black Sabbath – Sabotage

If my songs become my freedom
And my freedom turns to gold
Then I’ll ask the final question
If the answer could be sold

No ano de 2004 ( aproximadamente correto, os anos se misturam na minha cabeça) eu era um garoto normal. Terrivelmente normal. Eu não tinha uma “identidade” marcante nem nada parecido… horrorosamente normal.

Certo dia eu resolvi propor para meus colegas um pequeno serviço de venda de CDs gravados, afim de ganhar dinheiro que seria usado para comprar algo que agora não me ocorre. Com a minha incrível tecnologia (Kazza + drive gravador) eu me vi baixando algumas músicas requisitadas pelo “cliente” e gravando esta compilação numa mídia CD-R barata com algum nome que evoca fortes japonesísmos.

O negócio foi um fracasso, devo ter vendido no máximo três CDs, e simplesmente continuei a minha vida 5 reais mais rico. Entretanto alguma coisa despertou em mim e eu percebi que talvez música fosse uma coisa interessante. Para o leitor ter uma noção da minha cultura musical até então: eu me encontrava no nível “ouço de tudo um pouco”, mais conhecido como “o que passa na rádio” ou mesmo como alguns argumentarão “muito pobre”.

De qualquer forma me peguei a ouvir algumas das músicas que havia baixado para um parceiro meu, o grande Pierre, como parte do negócio de gravação de CDs. Voodoo, Symphony of Destruction, Stranger in a Strange Land, entre outras… e de certa forma comecei a gostar.

Take me through the centuries to supersonic years
Electrifying enemy is drowning in his tears
All I have to give you is a love that never dies
The symptom of the universe is written in your eyes

Mesmo assim eu ainda continuava um garoto normal, quase imaculado pelas vibrações das guitarras, eu diria que as coisas começaram a tomar um rumo para melhor quando eu ganhei o Sabotage de presente de aniversário dos meus primos. Remasterizado, bonitinho e com uma capa simplesmente estranha. Cheio de boa vontade coloquei o CD no som e… achei uma merda.

O significado daquele som escapou totalmente da minha percepção, a faixa de abertura entrou e saiu da minha cabeça sem fazer muito estrago. Talvez já sabendo deste tipo de reação um dos meus primo me sugeriu alguns dias depois que ouvisse com carinho a terceira música: Sympton of the Universe. O que posso dizer é que essa música cresceu em mim de uma maneira absurda. Em pouco tempo eu tinha vontade de sair gritando a primeira estrofe imitando a voz esganiçada do Ozzy, é claro embalado no hipnotizante riff de abertura.

O resto do albúm permaneceu por algum tempo um mistério para mim. Eu não era muito bom nesse negócio de “gostar de música” e já mostrava sinais de que logo me tornaria o que na cena do rock/metal em geral se chama de poser, porém essa história fica para um outro post.

Sobre o Sabotage

I’m living in a room without any view
I’m living free because the rent’s never due
The synonym of all the things that I’ve said
Are just the riddles that are built in my head

Mais tarde (talvez um ano depois) eu voltei ao Sabotage, mais maduro e consegui “digerí-lo”. O que afirmo com muita certeza é que é um puta trabalho. O Black Sabbath é hoje uma das minhas bandas favoritas e este é um dos melhores álbuns, muito embora isso seja uma péssima métrica pois eu acabaria dizendo isso de pelo menos 70% dos discos deles.

A abertura é simplesmente impressionante, Hole in The Sky manda pra dentro dos seus ouvidos um riff melhor do que o outro enquanto o vocal recita letras extremamente nonsense numa cadência contagiosa. Uma pausa de 30 segundos para um calmo instrumental e está na hora de Sympton of the Universe martelar lindamente os seus tímpanos.

A partir daí o álbum mantém um alto nível passando por algumas músicas mais indigestas como Megalomania e Am I Going Insane mas entregando a você melodias, ritmos e solos de guitarras épicos em Thrill of it All e The Writ. O instrumental inusitado Supertzar marca grande presença e foi usado diversas vezes para introduzir shows da banda.

Uma última consideração é, como citado anteriormente, o nível de aleatoriedade das letras que alcança um estado estranhamente filosófico. Alguns extratos destas foram despejados pelo meio do texto para que vocês possam ter um gostinho, mas na boa, se você gosta de rock então deveria ouvir isto da boca do próprio Ozzy.

Devil

Pista VIP filhadaputa!

UPDATE: Formulário para calcular a filhadaputisse agora na mesma página.

Sim. Usarei deste post para resmungar sobre uma coisa que já vem incomodando a muito tempo. A famigerada pista VIP, que só não foi inventada pelo próprio Beelzebu porque ele é o pai do rock e não faria uma coisa dessas.

Em suma, existem pessoas que gostam de ir a shows. Existem pessoas que não se importam de ficar longe do palco. Existem pessoas que não se importam de ficar espremidas para ver melhor o palco. Essas pessoas estão dispostas a pagar preços diferentes pela experiência que irão obter na hora do show e geralmente ficar espremido é mais barato, porém tinha aquele caráter de “guerreiro”. Sempre existia a probabilidade de haver uma possibilidade de ver claramente aquela verruguinha na bochecha esquerda do seu ídolo enquanto ele alcança aquela nota bem alta no clímax da música ou manda ver numa sequencia de efusivos solos de guitarra.

rage

Bom, esqueça tudo isso. Algum espertinho descobriu que poderia arrancar mais um pouco de lucro a cada apresentação dos artistas se reservasse a pequena e sagrada região da pista que fica logo à frente do palco para pessoas que estiverem dispostas a pagar quase 100% a mais do preço de um ingresso comum. Sinceramente desejo que esse indivíduo seja sentenciado a ter a sua banda/artista favorito(a) tocando na sua cidade todos os dias, porém sempre tendo uma visão muito pobre do palco. Isso ou ter uma morte lenta e com requintes de crueldade. O que quer que seja mais doloroso para ele (para mim seria a segunda opção).

pista-vip

Não me entendam mal, eu não me importaria de pagar mais caro por algum serviço . No entanto, foi descoberta agora a fórmula da multiplicação do dinheiro sem nenhum esforço. Me aguentem por um segundo aqui:

Suponha “p” o preço do ingresso e “n” a quantidade total de ingressos.

Suponha também 20% dos lugares como pista vip e ingressos 150% mais caros.

Total sem pista vip: n*p

Total com pista vip: (0,2*1,5*p)*n + (0,8*p)*n e simplificando:

1,1n*p

Isto implica que para estes números entrados o show agora terá 10% a mais de lucro sobre o valor total de vendas de ingressos.

Você pode calcular algumas outras possibilidades de lucro usando este pequeno e tosco formulário.

Preço do ingresso Total de ingressos Porcentagem de ingressos VIP Preço da pista VIP

Talvez o que me deixa realmente bravo sobre esta situação seja que é um típico jogo com os sentimentos dos clientes desse tipo de serviço. As pessoas que compram ingressos da pista VIP nunca irão reclamar disto, ou achar uma “sacanagem”, porque afinal estão pagando para ter aquilo que antes era apenas adquirido, como eu citei antes, como um troféu para os mais “guerreiros”. A pista VIP nunca será rejeitada porque sempre haverá alguém disposto a estar nela. Porém ao final do dia, eu vomito um pouco dentro da minha boca ao pensar nisso.

Enfim, parece que os capitalistas selvagens não ficarão felizes equanto não explorarem cada possível fonte de renda fácil. A pista VIP acabou com a idade da inocência.

E tem mais…

Aqui temos um caso trágico de um(a) magrão(ona) que desembolsou aquela grana preta na pista VIP e foi carcado(a) sem piedade.

E aqui um outro texto interessante sobre o mesmo assunto e que explica muito bem a idéia por trás da pista VIP.

Pista VIP filhadaputa!

Deixe seu comentário dizendo o que você acha da pista VIP!

Como se tornar um Hacker

fisl

Embora exista uma certa discussão sobre isto, eu peço que para continuar lendo este post deixemos uma coisa bem clara:

Hacker não é:

  • Quem escreve um software malicioso e rouba a sua senha do banco;
  • Quem baixa software malicioso feito por terceiros para tentar tirar vantagem em jogos e afins;
  • Quem instala um keylogger e rouba a sua senha do orkut/facebook/twitter/email (mais conhecidos como Ráquer por nossos amigos superdotados do facelido orkut);
  • Quem explora uma falha de segurança em algum software para lucrar e/ou prejudicar terceiros.

Para todos os fins estas pessoas são chamadas crackers ou script kiddies (no caso de apenas usarem software feito por outros) e não são o tema aqui abordado.

Obs.: Novamente, existe alguma controvérsia na questão de nomenclatura e taxonomia de todos os grupos de hackers, mas não me concentrarei nessas questões.

Então quem é um hacker?

Eu definiria um hacker como aquele indivíduo apaixonado por tecnologia que em busca de aprendizado e diversão “fuça” (tradução livre da palavra hack) a tecnologia que ele tem à disposição, visando entender como ela funciona e usar ela para criar coisas novas e que lhe ajudem de alguma maneira.

O título desta postagem é uma referência direta ao texto escrito por Eric S. Raymond, How To Become A Hacker e a minha motivação é compartilhar com vocês o que senti ao lê-lo pela primeira vez.

Não entrarei em muitos detalhes sobre o texto pois é melhor absorver a informação do original. Me contentarei em dar pequenos conselhos “motivacionais” e talvez descrever como eu iniciei a minha busca para me tornar um hacker e onde eu estou agora, porque afinal eu ainda não cheguei lá.

Aprendizado e comunicação

Você precisa aprender a programar, falar a linguagem dos computadores. E não apenas programar, mas sim programar em vários tipos de linguagens diferentes e ser capaz de ler o código de outras pessoas, bem como escrever código legível por outras pessoas. Exercitar e estudar tudo isso por si só já é um bocado de trabalho (e porque não diversão?) para qualquer um, mas não é tudo que um programador deveria fazer.

É ainda mais importante se comunicar com pessoas do que com o computador e a maneira mais óbvia de fazer isto é pela web. Participe de comunidades que tem os mesmos interesses do que você, listas de emails de softwares e linguagens que você usa, por exemplo. Aprenda a ser fluente em HTML (que não é uma linguagem de programação própriamente dita). Crie conteúdo interessante e criativo, soluções para problemas e compartilhe tudo com a coletividade da internet. Talvez até crie um blog : )

Software livre

Agora imagine um mundo ideal onde você pode “fuçar” em todos os softwares que quiser, além de pode misturar livremente os seus próprio código com código desenvolvido por outras pessoas e talvez você comece a entender porque o software livre é importante. Grandes empresas de software como Apple e Microsoft gostam de ditar como você deve fazer essa interação, como você deve escrever o seu software. Na maioria das vezes isso envolve o uso de ferramentas proprietárias, das quais não é possível deduzir e/ou modificar o funcionamento e que (propositadamente) não interagem bem com com outros softwares (e as vezes nem entre si).

Pense que se você quer ser capaz de poder usar e aprender com softwares interessantes você tem que fazer a sua parte e contribuir para que o software seja livre. A dica dada no texto e apoiada fortemente por mim é que você aprenda a usar um sistema operacional livre como por exemplo, Linux, BSD e Solaris. Estes sistemas além de terem o seu código aberto, são construídos com base no UNIX e numa poderosa filosofia de portabilidade, reusabilidade de código e modularidade (filosofia esta que é muito bem discutida pelo próprio Eric Raymond neste ótimo livro), todas características desejáveis para fins de nossas experiências.

Oba! Eu quero ser um!

Finalmente, não ache que é possível se tornar um hacker da noite para o dia. Como todos os grandes projetos na vida, este é mais um que pode (e irá) levar anos.

Para fechar o post deixarei aqui os cinco pilares da atitude hacker, definidos no texto original, se você se identifica com os pontos apresentados a seguir você tem o que é preciso para ser um hacker.

  1. O mundo está cheio de problemas fascinantes para serem resolvidos.
  2. Nenhum problema deveria ter que ser resolvido mais de uma vez.
  3. O tédio e a fadiga são ruins.
  4. A Liberdade é boa.
  5. Atitude não é substituta de competência.

Referências

Que tal começar a estudar?

Deixem feedback na sessão de comentários abaixo

Resynthesizer: magia no Gimp

Semana passada ouve um buzz enorme por causa da “magia” que vinha na nova versão do Photoshop. Content Aware Filling, AKA, apagar objetos da imagem e preencher com o fundo correto e ou expandir partes da imagem, criando texturas à partir da imagem de entrada.

Aqui o vídeo demonstrativo:

Porém, como dizia o nosso amigo Arthur C. Clarke:

Any sufficiently advanced technology is indistinguishable from magic.

E o pior de tudo é que nesse caso a magia está muito mais perto da gente, tão perto que algumas pessoas, em resposta ao vídeo nos apontaram que esta feature já existia no GIMP, o nosso amado software livre editor de imagens.

Então eu resolvi brincar

Primeiramente vamos instalar o plugin resynthesizer, desenvolvido por Paul Harrison, pois esta feature é adicionada à partir dele.

Para quem utiliza ubuntu, como eu, o comando para instalar é:

sudo apt-get install gimp gimp-resynthesizer

Em contrapartida, para nossos queridos amigos de windows existe um tutorial aqui explicando, porém não testei se funciona. Fica como exercício aos leitores me informar disso.

Com tudo pronto o plugin pode ser acessado em:

Clique com o botão esquerdo->Filter->Enhance->Smart Remove Selection

Obs.: O nome pode também estar como “Heal Selection”

Agora peguemos uma foto:

:3

Como eu não gostei daquele cachorro ali no canto vamos tentar mandá-lo embora. Para tal selecionei a região superior direita da imagem e usei o comando descrito acima para chamar o resynthesizer. Depois aproveitei e retirei também aquela folha de papel ali do lado.

:)

Bem legal hein? Mas a textura daquela àrea era uma parede, muito fácil né? Agora para algo mais interessante… vamos remover o símbolo que está na minha camiseta.

:3

Gostei bastante do resultado, talvez porque eu seja totalmente ingnorante em mexer no GIMP e esta tenha sido a coisa mais impressionante que eu já fiz nele :)

Então é isso galera. Brincamos, aprendemos, e retiramos aquele cachorro da imagem… além de economizarmos o preço de comprar o Photoshop CS5 (eles cobram em dólares!!11!!one!)

Nota: Não quero dar a entender aqui que o Gimp é melhor que o Photoshop ou vice-versa, escolham o que preferirem e divirtam-se! Além disso, ambos Photoshop e resynthesizer tem também a capacidade de criar texturas à partir de uma imagem de entrada, algo que eu não demonstrei aqui, mas pode ser visto nos vídeos linkados neste post.

Links interessantes

Pessoas demonstrando a mesma técnica:

http://www.youtube.com/watch?v=0AoobQQBeVc
http://www.youtube.com/watch?v=r2gonFtc1yc

Mais sobre o Gimp e o plugin:

http://www.gimp.org/
http://www.logarithmic.net/pfh/resynthesizer
http://www.allanbrito.com/2010/04/05/photoshop-cs5-gratuito-com-o-gimp/

Deixem feedback, dúvidas, sugestões, correções e agressões nos comentários : ) e se usarem o Gimp para fazer experimentos semelhantes compartilhem resultados interessantes nos comentários!

Novo blog sobre programação

A quem interessar possa

A vazão de updates ficará ainda menor neste blog porque eu inauguro oficialmente o meu segundo onde versarei sobre assuntos como programação, tecnologia, matemática e afins.

Acessem aqui www.linesocode.wordpress.com

Leitores assíduos do blag, não se desesperem que temos updates fortes chegando em algum tempo futuro.

Deixem feedback, dúvidas, sugestões, correções e agressões nos comentários por favor ;)

Hello world!

Primeiro post neste blog, onde pretendo expressar um pouco do programador que existe dentro de mim.

Claro que para um primeiro post é meio broxante que não haja nenhum conteúdo, mas não se engane… este singelo ato quebra a inercia que me impede de adicionar maravilhosas torrentes de conteúdo sobre linguagens de programação, tecnologias e matemática em geral.

Isso acontece se você fica muito íntimo dos computadores...

Alô mundo galerinha!

Read and Write

Yay mais um post no blag, acharam que eu não aparecia mais?

Nessas férias vi na Campus Party algumas palestras interessantes e duas em especial me deixaram um cutuco bom pra blogar. Porém preguiça, joguinhos e o início das aulas prejudicaram em muito a minha produtividade blogativa.

A primeira das palestras foi a de Lawrence Lessig, idealizador dos Creative Commons, recomendadíssima (é possível usar o recurso de auto-legendas do youtube para ver a palestra pra quem não manja do inglês).

Entre os muitos pontos políticos e culturais levantados, Lawrence conseguiu demonstrar com seus slides frenéticos um panorâma da cultura na nossa época digital, bem como as inovações tecnológicas estão constantemente indo contra os interesses dos poderosos, AKA, pessoal com a grana. Com divertidos exemplos de mashups de video+música e de vídeos famosos do Youtube ele postulou, numa engenhosa analogia, dois modelos culturais o Read-Only(RO) e o Read-Write(RW).

O primeiro deles é uma cultura de consumidores baseada nas leis de copyright. Espera-se que o indivíduo compre as novidades e espere ansiosamente para continuar depositando o seu dinheirinho no conteúdo que lhe é apresentado, somos apenas potenciais leitores passivos de conteúdo criado pela indústria. O modelo Read-Write é algo que se assemelha mais ao que acontece atualmente, pois o indivíduo se vê como um consumidor e criador de cultura, para ele não há limites para o que se pode fazer e obter. A internet está, por exemplo, cheia de conteúdo gratuito criado por pessoas comuns e já é normal para nós valorizar isto de forma igual ou maior do que, por exemplo, a televisão.

Um momento chave da palestra me chamou a atenção. Lawrence argumenta que as leis de copyright e tentativas de restrição sobre o conteúdo trocado na internet não impedirão que a nossa geração continue a fazê-lo, porém irão criminalizar nossos atos. Estaremos constantemente fora da lei e isso é corrosivo.

A outra palestra interessante, foi sobre o tema de Civic Hacking, uma junção de buzzwords que, na minha opnião pode dar o que falar. Basicamente os palestrantes plantaram em nós a idéia de que podemos usar as novas tecnologias, mídias socias e o caralho a quatro como ferramentas políticas. Sim, senhor jovem programador, entusiasta de tecnologia, designer, web militante, blogueiro rebelde e etcetaras, eu estou olhando para vocês. É uma proposta muito simples (como toda boa proposta geralmente é) e poderosa que já está sendo experimentada por grupos em diferentes áreas geográficas e já deu resultados bacaninhas aqui no Brasil e no mundo. Sugiro pra quem tiver interesse em participar dar uma olhada neste link.

No final das contas temos que entender que a principal preocupação do governo é se manter no poder, e nem sempre, ou melhor, quase nunca isso envolve atender os interesses mais diretos da população. Porém com o crescimento desenfreado da troca de informações o indivíduo comum pode se despir de intermédios e interagir diretamente para escrever a sua opnião cultural e política. O foco do poder está se aproximando cada vez mais do cidadão e isso assusta os grandalhões, aproveitemos esta chance para escrever uma sociedade melhor (finalzinho bem meloso não? : )

BTW quem quiser pegar os vídeos de várias (quiçá todas) as palestras da Campus Party 2010… vou deixar isto aqui.

Mais um deus em nossa coleção

Outro dia quente no deserto, porém você já está acostumado. Mais difícil mesmo é olhar para o sol e não ficar impressionado com o poder de Rá, que dá vida a tudo que toca. Depois de comer alguma coisa é hora de puxar algumas pedras e construir pirâmides, porque afinal de contas o faraó precisa de um lugar para cair morto! Por um momento você pára e imagina aqueles trabalhando na colheita, homens que tem que rezar para Sobek que não deixe que os crocodilos os devorem enquanto se ocupam dos seus afazeres agrícolas às margens do Nilo. No fim das contas, mover alguns pedregulhos para que Anúbis possa fazer do faraó uma múmia show de bola, não parece nada ruim.

No final do dia, exausto, você não perde tempo e vai logo se reunir com os amigos escribas, agricultores e soldados no barzinho pra tomar uma cerveja de trigo enquanto observa o olho de Hórus no céu e escuta o som daquela bandinha com um tocador de alaúde fenomenal e um flautista que usa a escala pentatônica um pouco demais para o seu gosto.

Desconsiderando a veracidade histórica dos parágrafos acima (que os deixa no mesmo patamar de Os Flintstones ou similares), a idéia que quero passar aqui é que para os antigos egípcios a religião tinha um papel importante na sociedade. Importante porque, ela dizia respeito a muitas coisas que pra eles importavam (duh) no dia-a-dia. Apelava-se para os deuses para se ter uma boa colheita, caçada ou para dormir em paz na sua pirâmide mobiliada.

Avançando alguns milênios, chegamos na sociedade atual e eu lhe peço que reflita comigo: a religião (no sentido usual e atual) ainda tem alguma importância? Se pelo menos fossemos devotos da camada de ozônio, dos oceânos, ou dos seres vivos eu até entenderia. No entanto, o deus favorito aqui do ocidente é feito à nossa própria imagem e poderia muito bem ser o nosso psiquiátra, pois passou grande parte do seu tempo preocupando-se com os problemas da humanidade. De fato, até escreveu um best-seller onde nos dá os melhores conselhos, obviamente, porque entre milhões de espécies de seres vivos conhecidos somos o seu favorito.

Talvez você esteja pensando agora, que a humanidade já é grandinha o suficiente para não precisar idolatrar um urso polar e mesmo assim se preocupar com o derretimento das calotas polares e eu sou o primeiro a concordar. Que tal então seguir essa linha de pensamento e imaginar como seria não ter nenhum deus olhando enquanto você está no banheiro e mesmo assim se preocupar em ser honesto, justo e bom com o próximo?

Algum dia juntamente com Anubis, Rá e Osíris teremos mais um deus em nossa coleção.

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