Eu e o pessoal do Matehackers começamos um canal do Youtube para postar um conteúdo um pouco mais robusto e voltado para o nosso público “adjacente” hacker e técnico. Fica aqui o primeiro vídeo da minha série “Paranoia Hacker”:
Aqui tem um link para a música de abertura apenas, composta por mim.
Além disso eu comecei a colocar os vídeos das minhas palestras do FISL18 deste ano de 2018:
Vou fazer um registro aqui de algumas palestras e apresentações que eu ministrei durante os anos e que estão hospedadas como slides HTML5 na minha página do Github, talvez alguém que tenha interesse nelas acaba encontrando-as por meio deste post:
Sprint de Multimídia Livre FISL 17 : Uma apresentação inicial e motivacional para uma hackatona de cultura livre relizada no FISL17. Foco em cultura livre e licenças.
Introdução ao Desenvolvimento Web : Um mini-curso mininistrado por mim sobre desenvolvimento web ‘básico’ e um pouquinho de node.js .
Introdução ao Desenvolvimento Web com Ruby : Versão antiga da palestra anterior que substitui o node.js por Ruby on Rails. Bastante deprecada e provavelmente não muito útil, também temos uma gravação no Youtube dela, mas já adianto que a versão anterior é mais recomendada.
Mtalks – Free Libre Open Source Software : Apresentação sobre software livre e licenças livres para o pessoal da firma. Bem curta e muito mais focada na conversa.
Como sempre, tenho feito muitas coisas e o blog ficou paradinho no canto esperando para ser atualizado. Então aqui vão umas novidades para vocês:
Eu lancei no início de Setembro o projeto Musical Artifacts . A ideia principal é ajudar a catalogar, preserver e libertar os artefatos que usamos para fazer música. Se quiserem saber mais sobre o projeto visitem a página, a wiki ou vejam essa entrevista super show de bola que o pessoal do LibreMusicProduction fez comigo!
Além disso eu coloquei no ar um outro blogzito para compartilhar um material mais específico sobre os meus projetos músicais. Vocês podem visitar ele em Ownlife Project. Pra finalizar fiquem com um pedaço de uma música que venho gravando:
Projeto que eu comecei no Encontro de Música com Software Livre no FISL16. Uma wiki para artistas brasileiros usando ferramentas de software/hardware livre e produzindo música/cultura com licensas livres.
Entre outras coisas eu gostaria que neste projeto tenhamos uma lista de artistas que possa ser referenciada quando eu falo no assunto de produção musical livre e também uma lista de tutoriais e links interessantes em língua portuguesa para distribuir aos quatro ventos!
Esta é uma dúvida comum que acontece quando pessoas começam a gravar áudio usando o Linux. É fácil usar o Jack com a placa de som interna do computador, mas e se eu tenho 2 placas de som, e se tenho uma placa USB externa? Este tutorial explica como configurar o Jack para usar placas diferentes da padrão.
Usando o qjackctl
Abra o Jack Control (comando qjackctl na maioria das distribuições Linux), clique em ‘Setup’ e atente para a seção destacada na foto. Nesta sessão podemos selecionar o ‘Input’ e o ‘Output’ do Jack server separadamente (embora geralmente queiramos usar o mesmo). Então por exemplo usando a interface Behringer UCA202 podemos selecionar a opção hw:CODEC nas duas, reiniciar o servidor Jack e todos programas vão usar esta placa para entrada e saída de áudio.
Como acho o nome da minha interface?
Uma maneira fácil é deixar ela desplugada, acessar a lista de interfaces mencionada acima, ver quais estão lá, fechar a lista, plugar a interface e ver o nome da nova que apareceu.
Usando interfaces diferentes para entrada e saída
As vezes é útil usar duas interfaces diferentes, quando por exemplo uma delas é só de entrada. No exemplo a seguir pode-se ver que a entrada vem de uma interface USB apenas de entrada (este cabo p10/USB) e a saída está indo para a placa de som padrão (caixas de som ou fone de ouvido do computador) . Outra coisa interessante é que se o seu computador tem uma saída HDMI você provavelmente vai ter uma placa de som extra ali e ela pode ser usada para que o Jack mande som para os alto falantes da sua TV!
Salvando uma configuração
É muito útil também poder ter configurações diferentes para situações diferentes. Antes de fazer a configuração com a sua interface externa, mude o ‘Preset Name’ no topo da janela para algo útil como ‘USB interface’, faça as modificações necessárias e clique em ‘Save’. Agora em qualquer momento é possível voltar a essa configuração acessando-a pelo menu acima.
Estou eu em um momento de apatia. Pelo menos no quesito que tange atualizar o blog, mesmo que estes últimos meses tenham sido bastante produtivos intelectualmente e em diversos aspectos.
Então pra quebrar o gelo resolvi traduzir um material que já estava na minha lista há muito tempo e que eu gosto muito. Esta é uma TED Talk que fala sobre a suposta apatia das pessoas perante a política e desmistifica alguns lugares comuns sobre este assunto. O autor dá a sua perspectiva como Canadense, mas os paralelos com o mundo inteiro são visíveis e mais ainda com o Brasil.
Por exemplo: Por que por aproximadamente um mês as manifestações ganharam tanta força em todo Brasil? Por que tantas demonstrações de apartidarismo dos manifestantes? Por que as manifestações não mantiveram o seu pique? Essas respostas não estão no vídeo, mas já podemos começar a discussão:
Muito obrigado a todos que foram, fizeram perguntas e tal. Se tiverem alguma curiosidade sobre o conteúdo da palestra ou quiserem que eu expanda mais nesses assuntos, deixem um comentário. Acho que vou continuar melhorando esses slides que disponibilizei ali :)
Este ano o Matehackers juntamente com a Casa da Cultura Digital vai trazer pela primeira vez o Dia da Cultura Livre para Porto Alegre e na realidade para o Brasil, visto que somos a única cidade a fazê-lo em 2013. Legal né?
Poisé, mas como assim Cultura Livre? Livre de quê? Geralmente isto vai significar livre para ser distribuída, copiada, reproduzida, modificada… Tive o prazer de discutir isto um pouco com os membros da Casa da Cultura Digital e o fato é que a cultura já é assim, desde que a chamamos de cultura. Alguém vai negar que a música gauchesca, o chimarrão, o frevo , o sertanejo universitário, o jeitinho brasileiro, sexo, drogasfutebol e rock ‘n roll, etc… são livremente distribuídos, assimilados e reproduzidos?
Naturalmente que são e naturalmente que permeiam todos os aspectos de nossa vida cotidiana, incluindo os setores econômicos. Produzir e fomentar cultura é e sempre foi um ótimo negócio, tanto para os produtores quanto para nós, os consumidores. Compramos livros, assistimos filmes, cantamos canções, vestimos ideias e tudo mais que nos servir – e adivinhe – isso move (e muito) a nossa economia!
Entretanto aquela bendita constante, a inovação, começa novamente a mudar a maneira como os setores econômicos fazem os seus negócios. Sem dúvida, hoje vemos a força que estes setores têm ao tentar impedir a lenta, mas decisiva, transformação das maneiras como criamos e assimilamos a cultura. Começam a (res)surgir dúvidas sobre a distribuição de concessões de canais de TV no Brasil, sobre a importância dos blogs e ativismo em redes sociais, sobre a utilização de trilhas sonoras em vídeos independentemente produzidos, sobre a utilização de sementes com combinações de genes patenteados, sobre a disponibilização de videos em que você joga videogames … eu poderia citar coisas o dia todo.
É por isso que você deve aparecer na Casa de Cultura Mário Quintana no dia 18 de Maio e sentar para tomar um mate e bater um papo. E direi mais:
Porto Alegre é uma cidade multicultural mesmo, sem ficar puxando o saco. Capital do Rio Grande do Sul que, como os outros estados do Brasil, é o berço de tradições ricas e únicas. Além disso é só ir na redenção para encontrar as mais diversas tribos, desde fascinados por ícones japoneses até blueseiros legítimos tocando para seu entretenimento. Nas faculdades você encontra jovens jogando truco, mas também encontra jovens jogando Magic The Gathering. Encontra gente militando por reforma agrária e encontra gente construindo robozinhos e ainda outros discutindo como construir expressões condicionais da maneira mais elegante em português. Caso se aventure a aparecer na Avenida Independência 330, pode até chegar a conhecer os esquivos “hackers” em seu ambiente natural. No caminho também apreciará alguns adesivos do Toniolo.
Enfim, imagine se essa gente viesse dar um oi, olhasse em volta e tentasse estender junto comigo essa lista de dúvidas que eu comecei aqui. Se no processo conseguirmos alguma resposta já vamos estar no lucro!
No artigo Linux e o Guitarrista Pobre eu introduzi as tecnologias Jack e Rakkarack e mostrei como o segundo é uma ótima opção para tirar timbres diferentes da sua guitarra e fazer um som esperto. Recomendo ler aquele artigo antes para se familiarizar com o que falarei aqui.
Neste artigo eu vou apresentar mais uma excelente opção para guitarristas, o simulador de amplificadores valvulados Guitarix.
Instalação
Você vai precisar do Guitarix e do Jack instalados para acompanhar este artigo. Para conseguir mais resultados interessantes eu recomendo também o Jack Control, o Audacity e o gxtuner.
Interface
Eu gosto bastante da carinha que este programa tem, aqui vai uma foto e uma explicação básica dela. Esta versão que eu estou usando é a 0.22.4 e pode ser que a sua tenha uma aparência um pouco diferente, mas provavelmente nem tanto. Se estiver perdido peça ajuda nos comentários.
Em #1 vemos a parte principal do programa, o rack com o cabeçote do amplificador e os efeitos. É aqui que você vai passar a maior parte do tempo mexendo, mais especificamente em #2 onde ficam os controles do amp.
Para adicionar mais efeitos no rack dê uma olhada em #3 e uma lista de timbres pré-prontos (presets) está em #4.
Em #5 você pode ler algumas informações sobre o timbre que você está usando, desabilitar todos os efeitos (ouvir apenas o sinal de entrada) ou desconectar o programa do Jack. Finalmente em #6 você pode mostrar e esconder diferentes partes da interface.
Conexões no Jack
O Guitarix modifica o sinal em dois passos: primeiro ligamos o nosso sinal de guitarra (geralmente o system) no cabeçote do amplificador (gx_head_amp) e depois ele passa pelos efeitos (gx_head_fx). Quando o Guitarix é iniciado ele já configura este esquema, como pode ser visto na figura abaixo:
Você pode ser criativo com as entradas e saídas e usar outros programas no meio, ou no sinal de saída ou até mesmo ligar coisas como sintetizadores, microfones e mais no sinal de entrada. Essa é a graça do Jack :)
Afinando a Guitarra
Antes começar a tocar você pode usar a sessão do afinador. Infelizmente na última versão que eu instalei na minha máquina esse recurso parece que não está funcionando muito bem. Para resolver eu ando utilizando um programa chamado gxtuner, que é derivado do próprio código do Guitarix, mas funciona separadamente. Você pode instalar ele também pelos pacotes da sua distribuição e usar para afinar rapidamente sua guitarra. A foto abaixo mostra como ele funciona:
Usando os presets
Para começar em grande estilo você pode dar uma olhada nos presets, caso eles não estejam visíveis é possível acessá-los com o menu Presets -> Preset Selection. É possível achar desde sons de distorção bem forte, para rock e metal, até alguns sons limpos e outros pesadamente com efeitos, embora para brincar de Tom Morello eu recomende o Rakarrack mesmo.
Tome cuidado que algumas distorções podem ficar bem cheias de ruído e diminuir isso envolve entre outras coisas melhorar a qualidade de: cabos, captadores da guitarra ou sua placa de áudio. Para resultados mais profissionais talvez seja necessário empregar o uso de pré-amplificadores reais ou interfaces de áudio com maior qualidade. Não é fácil na realidade, mas uma dica é mexer com os parâmetros do próprio Guitarix o que nos leva à próxima sessão.
Criando seu próprio timbre
Como você pode ver na foto da interface, a quantidade de botões, alavancas e coisinhas para girar aqui é enorme. Na sessão do amplificador é possível escolher o tipo e a configuração das válvulas (como visto em #2 a usada é “12ax7”). Aumentando o Drive e o valor de Clean/Dist você cria a distorção com o carater das válvulas selecionadas. Mudando o volume de entrada (Pre Gain) e saída (Master Gain) você vai estar fazendo a amplificação do sinal, sendo o primeiro o que chamamos de pré-amplificador. Esses botões de volume que podem te ajudar a tirar uma distorção legal, mas é um trabalho árduo, como é com um amplificador na vida real também.
Eu até gosto de ficar horas mexendo nos parâmetros, mas não sou particularmente bom nisso. Por isso eu recomendo que vocês façam como eu e dêem uma explorada nos timbres já prontos e modifiquem os que lhe agradarem mais. Se você me conhece pessoalmente e quer pegar um café e ficar horas discutindo sobre timbres e efeitos de guitarra, eu aceito o convite.
Gravando
Você pode conectar com o Jack o sinal sendo gerado pelo gx_head_fx ou pelo gx_head_amp (se quiser apenas o som amplificado sem efeitos) a algum programa de gravação. Mais uma vez veja este post para um exemplo similar em que o Audacity é usado para gravação. Outros programas que podem servir para gravação são o qtractor ou o qjackrcd. Em posts futuros esta parte do processo terá mais atenção.
Demonstração
Retirado diretamente do site do Guitarix, bastante divertida e mostrando com é possível fazer um tom bem encorpado com ele:
Só para avisar que eu envei uma camaçada de palestras para o FISL deste ano! Algumas em colaboração com o pessoal do Matehackers e do Random Hacks of Kindness (Daniel Wildt e companhia). Como de costume a votação será aberta e eu vou deixar aqui os títulos e resumos das palestras para tentar influenciar positivamente os milhares de leitores deste blog (LOL :)
Produzindo música livre em ambientes Linux
Nível: Iniciante
Hoje a produção musical envolve uma série de produtos intermediários como: instrumentos, módulos de som, equipamentos de gravação e software especializado – software este muitas vezes proprietário. Nesta palestra serão apresentados e demonstrados um conjunto de softwares que são livres como a liberdade e permitem a produção musical com alto nível de qualidade, sendo muitas vezes tão bons quanto ou superiores a alternativas proprietárias.
Chega de dualbooting! Usando o Wine para rodar aplicativos Windows em nix
Nível: Iniciante
Vou apresentar o Wine e demonstrar como ele é usado para rodar aplicativos Windows em plataformas como o Linux. Esta palestra é especialmente útil para usuários fazendo a transição do Windows para outro SO baseado em Unix ou aqueles que ainda precisam usar aplicativos Windows (principalmente JOGOS), mas não desejam realizar dualboot (nem ter que comprar uma licensa do Windows)! Os conteúdos abordados incluem: instalação do Wine, configuração, AppDB, frontends gráficos e demonstrações.
Processing – aprendendo a programar e criando trabalhos de arte!
Nível: Iniciante
Esta palestra será uma apresentação da linguagem Processing que tem como principal objetivo a introdução da programação a nichos acadêmicos dificilmente relacionados com informática, como as artes. Num clima mais voltado para os iniciantes, eu viso mostrar que com Processing é possível criar lindos trabalhos visuais ao mesmo tempo que se aprendem importantes conceitos sobre programação!
Videogames baseados em Software e Hardware Livre
Nível: Iniciante
O Mategame é um projeto dos membros do Hackerspace Matehackers, que visa o desenvolvimento de uma plataforma de hardware (Arduino/Hackvision) e software livre para criação de um videogame. Os jogos podem ser programados em linguagem C e jogados plugando o Mategame numa televisão. O primeiro protótipo foi construído baseado na placa Mateduino desenvolvida com peças de baixo custo e protótipos posteriores incluem um shield para Arduino e um kit desenvolvimento com exemplos de código e um emulador.
Encontro Comunitário: Conheça o Hackerspace Matehackers
O Matehackers é esperançosamente, o primeiro de muitos Hackerspaces no estado do Rio Grande do Sul! Venha conhecer esse grupo em um bate papo que busca inspirar e integrar a comunidade hacker. Surgimos da necessidade de ter um ambiente onde se reunam pessoas interessadas em tecnologia, faça-você-mesmo e cultura hacker. Venha descobrir como ajudar e fazer parte dessa revolução. Vai ser divertido!
Encontro Comunitário: Random Hacks of Kindness
Engajamento social sempre é um assunto interessante. Queremos reunir grupos de usuários de tecnologias para apoiar e criar projetos que possuem em comum apoio social, seja para uma causa ou para uma entidade sem fins lucrativos. O ponto é o engajamento social.